Causas e tratamentos do transtorno de fala na infância
Saúde e Bem-Estar -
Os bebês têm o primeiro contato com a linguagem desde cedo. Apesar de não falarem propriamente, antes de completar um ano de idade os recém-nascidos se manifestam por meio do olhar, do choro, de gritos e sorrisos, entre tantas expressões que cativam os pais, amigos e parentes de quem acabou de ter um filho. Porém, como saber quando essa trajetória pode apresentar uma deficiência como o transtorno de fala?
Antes de prosseguir é necessário deixar claro que o transtorno de fala pode ocorrer de muitas formas. De um simples retardamento do aprendizado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), os pequenos podem ter graus diferentes de dificuldade de fala. Por isso, Cristina de Souza Andrade, fonoaudióloga do GNDI, explica que é crucial avaliação e diagnóstico para dar início ao tratamento o quanto antes.
“Nesse contexto, o trabalho multidisciplinar entre diferentes especialidades é primordial”, explica. “O indivíduo não é uma laringe; é parte de um todo e, para traçar esse ‘todo’, precisamos entender o que lhe cerca”.
“Há tratamentos para o transtorno de fala que podem ser, simplesmente, um estímulo à mudança de postura da criança, como nos distúrbios articulatórios; outros, porém, acabam sendo mais complexos e exigem um estímulo constante, como é o caso do TEA”, detalha.
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Para Clarissa Bueno, neurologista do GNDI, o transtorno de fala acaba servindo como “termo guarda-chuva”, isto é, uma definição ampla para um problema que tem nuances específicas em cada caso. É o que ocorre, por exemplo, com a Síndrome de Down que, na maioria dos casos, exige um acompanhamento profissional neste sentido.
“O atraso na aquisição da fala chama atenção para a possibilidade de um Transtorno do Espectro Autista.”. Mas falando de linguagem, também podemos estar diante de situações comportamentais ou aquelas que incluem compreensão e expressão, que podem ser diagnosticadas em diferentes situações e que podem variar de grau, do mais simples ao mais complexo”, detalha.
A neurologista explica que, no caso da linguagem, o indivíduo pode ter um transtorno que compromete tanto a sua expressão verbal quanto a própria escrita e/ou, ainda, a compreensão da fala. Nestes casos, quadros de déficit de aprendizado, como a dislexia, acabam sendo responsáveis por parte desses problemas.
De acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o Distúrbio Específico da Linguagem (DEL) pode afetar de 5% a 7% dos bebês nascidos anualmente. Por isso, os pais devem estar atentos e, caso notem algo, devem levar a criança a um pediatra.
Como dito anteriormente, as origens do problema são amplas. Podem envolver aspectos genéticos, degenerativos, lesionais, ambientais e/ou emocionais. Porém, alguns especialistas classificam os transtornos com base em dois tipos de fatores: orgânicos, sejam eles genéticos, neurológicos ou anatômicos, e emocionais.
Dislalia: normalmente até os seis anos de idade, a maioria dos sons da fala já está adquirida. A dislalia, ou transtorno específico de articulação da fala, ocorre quando a aquisição dos sons da fala pela criança está atrasada ou desviada, levando à má articulação e dificuldade para que os outros a entendam e, também, por omissões ou distorções da fala.
Disfemia: é conhecida pela dificuldade em manter a fluência da expressão verbal. É um transtorno de fluência da palavra que se caracteriza por uma expressão verbal interrompida em seu ritmo, de maneira mais ou menos brusca. O tipo mais comum de disfemia é a gagueira.
Afasia: compreende os transtornos de linguagem causados por uma lesão cerebral, ocorrida após a aquisição total da linguagem ou durante seu processo. Existem diferentes tipos de afasias, porém, elas são definidas de acordo com o local lesionado.
Disfonias: alterações na qualidade da voz ou em sua emissão, por conta de distúrbios orgânicos ou funcionais das cordas vocais ou, até mesmo, por uma respiração incorreta. A disfonia pode se apresentar através da rouquidão, soprosidade ou aspereza da voz. As disfonias podem ser causadas por alterações orgânicas e problemas nos músculos ou no sistema respiratório.
O Núcleo de Terapias Integradas ABC, do Grupo NotreDame Intermédica, conta com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos – todos especializados para tratar casos de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e outros transtornos de desenvolvimento.
A clínica atende pacientes de dois a 16 anos de idade, com o objetivo de proporcionar diagnósticos precoces, tratamentos personalizados e adaptativos, além de facilidade de acesso – já que todos os profissionais podem ser encontrados em um só lugar.
“Com um olhar do indivíduo como um todo – com essa discussão próxima dos profissionais centralizados na condução do caso – temos uma avaliação melhor”, conta Cristina, que explica que a terapia integrada também é positiva porque, em alguns casos, o paciente crônico – como no caso dos que possuem paralisia cerebral – precisará do tratamento durante boa parte da vida.
A Unidade fica localizada em São Bernardo do Campo e conta com diversos tipos de terapias, tais como Método de Análise do Comportamento Aplicada, terapias com PECS, TEACHH, terapia de cabine, musicoterapia e muitas outras.
Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração de Clarissa Bueno, neurologista do GNDI; e da fonoaudióloga Cristina Andrade;
Portal Plenamente e Revista Crescer.
Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica
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