Veja quais são os principais tipos de câncer e como detectá-los
Saúde e Bem-Estar
24 de Março de 2021
Veja quais são os principais tipos de câncer e como detectá-los
Saúde e Bem-Estar -
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores malignos são a segunda principal causa de morte no Brasil. A doença é temida principalmente pelos tratamentos agressivos, com muitos efeitos colaterais, e pelos índices de mortalidade. Mas, se diagnosticados de forma precoce, as chances de cura são altas. Conheça os principais tipos de câncer e como diagnosticá-los.
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Com cerca de 180 mil novos casos por ano, os tumores de pele representam 30% dos tumores malignos no Brasil. Mas, embora seja o tipo mais frequente, as chances de cura com um diagnóstico precoce são de 90%. “Os mais comuns são os não melanoma, aqueles tumores de pele que dificilmente matam, pois crescem de forma lenta – raramente apresentam metástases, ou seja, vão para outros órgãos – e muitas pessoas conseguem tratar pois são notados como uma lesão de pele que cresce lentamente”, explica Dr. Fabiano Yoshino, oncologista do Grupo NotreDame Intermédica. A exposição solar, queimaduras e ter a pele mais clara, são os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste câncer, embora pessoas com pele escura também possam ter a doença.
O especialista ainda indica: “É interessante fazer uma visita anual ao dermatologista para fazer exames de pele, principalmente as pessoas de pele mais clara. Se você também notar que tem alguma pintinha que está mudando cor, tamanho, forma, é irregular ou apresenta sangramento, deve marcar uma consulta imediatamente”.
Carcinoma basocelular: esse é o tipo mais comum e afeta principalmente as regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. O câncer surge nas células basais, na camada mais profunda da epiderme – a parte mais superficial da pele –, e por isso é menos letal. O carcinoma basocelular pode ser confundido com psoríase – se caracteriza como uma lesão e pode sangrar com facilidade.
Carcinoma espinocelular: caracterizado por feridas avermelhadas, machucados que não cicatrizam e pele sem elasticidade, o carcinoma espinocelular se manifesta nas células escamosas na camada mais superficial da pele. O segundo tipo de câncer de pele mais comum atinge duas vezes mais os homens do que mulheres.
Melanoma: embora seja o menos comum, o melanoma é o mais agressivo entre os cânceres de pele. O sintoma mais comum é uma pinta ou sinal em tons mais escuros do que o normal, mas que mudam de cor, formato, tamanho e apresentam as bordas irregulares ou assimétricas. Com um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.
Uma a cada nove mulheres de um grupo de mulheres que viva até os 75 anos terá câncer de mama. Esse é o segundo tipo de tumor maligno entre as mulheres e atinge, principalmente, aquelas com mais de 45 anos ou quem tem histórico na família – com mãe, irmã, avó ou tia que teve o câncer antes da idade de risco. Para prevenir, é importante realizar a mamografia uma vez ao ano e tocar as mamas após o período menstrual para identificar nódulos ou incômodos. O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento menos invasivo – alguns cânceres podem se desenvolver em menos de um ano, por isso a importância dos exames anuais.
“O câncer mais comum nas mulheres é o câncer de mama, mas ainda existe uma incidência de câncer de colo do útero, algo que vai diminuir bastante com o passar dos anos, por conta da política nacional de vacinação contra o vírus HPV”, explica o oncologista. A vacina é distribuída de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos. Sim, o vírus também atinge homens! Segundo Dr. Yoshino, a ideia é vacinar crianças e adolescentes antes do início da atividade sexual e de o paciente ter tido contato com o vírus, pois a vacina pode não ser tão eficaz para quem já teve parceiros sexuais. Mas, quem já passou dessa idade pode optar por pagar para tomar a vacina. Além disso, para prevenir o câncer de colo de útero, as mulheres devem fazer o Papanicolau anualmente.
O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum e, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), atinge homens, principalmente, acima dos 65 anos. Silencioso, muitas vezes esse tumor só é diagnosticado quando está muito avançado. Por isso, é importante que os homens façam os exames de PSA (antígeno prostático específico) e toque retal anualmente a partir dos 45 anos. Mas, assim como o câncer de mama, quem tem histórico desta doença de forma precoce na família deve realizar os exames mais cedo. Por isso, é importante discutir com um médico de confiança a melhor maneira de prevenir o câncer de próstata.
O diagnóstico é feito com um urologista e os principais sintomas são: dificuldade para urinar, necessidade de urinar com mais frequência do que o normal, sangue na urina e diminuição no jato urinário.
Com 80% de chance de cura, o câncer infantil se difere da doença na fase adulta por não contar com fatores de risco e prevenção – afinal, muitas crianças que têm câncer nunca tiveram contato com radiação ou produtos prejudiciais à saúde. O mais frequente na infância é a leucemia, que causa palidez, manchas roxas e facilita infecções por prejudicar o sistema imunológico.
“Muitas vezes os tumores no intestino são confundidos com hemorroida, pois há sangramento na região”, conta Dr. Yoshino. Esse tipo de câncer, que atinge cerca de 36 mil pessoas por ano, também causa perda de peso, intestino mais preso ou mudanças no hábito intestinal. Mais comum em pessoas acima de 50 anos, geralmente é causado pela má alimentação, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e obesidade. O tumor é diagnosticado por meio dos sintomas físicos e de uma colonoscopia.
Mas, não é só o tumor colorretal que a má alimentação causa: o câncer de estômago – terceiro mais comum entre homens e quinto entre mulheres – também pode ser facilitado com esse fator. “Tem muito a ver com nosso estilo de vida, o consumo da carne vermelha e alimentos industrializados. Aliás, diversos tipos de tumores estão associados à obesidade”, explica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 100 casos de câncer no Brasil, 13 são relacionados ao sobrepeso.
Em 90% dos casos de câncer de pulmão, o paciente é fumante. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura – por isso, além de evitar o tabagismo, é recomendável que quem fuma muito faça uma tomografia do pulmão por ano. “Geralmente pedimos para tabagistas pesados, que fumam mais de um maço por dia, pois eles que tem mais chances de desenvolverem o câncer. Quem fuma de um ou dois cigarros por dia não tem os mesmos riscos”, explica o oncologista. Os principais sintomas são tosse seca, com sangue, dor no peito e perda de peso.
O tabagismo também pode causar câncer nas cordas vocais e no esôfago. “O paciente começa progressivamente a ter dificuldade para engolir comidas mais sólidas e, de forma instintiva, de sobrevivência, ele começa a procurar comer alimentos mais pastosos ou líquidos”.
É consenso universal que o diagnóstico precoce de todos os tipos de câncer aumenta as chances de cura e até previne a evolução da doença, tornando o tratamento menos invasivo e mais efetivo. Por isso, grupos de risco devem realizar os exames de prevenção anualmente e visitar o generalista, de preferência – clínico geral, ginecologista, pediatra ou geriatra – uma vez por ano ou quando necessário. “Todo tumor que a gente consegue detectar no início a chance de cura é muito alta. O contrário também é verdadeiro”.
Mas, além dos exames, a mudança no estilo de vida também é importante para evitar alguns tipos de câncer. O tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco que podem ser evitados. A má alimentação e o sedentarismo também podem contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de tumores malignos.
No Grupo NotreDame Intermédica, a Oncologia é muito mais do que uma especialidade: é um programa com apoio de equipe multidisciplinar para tratar o paciente de forma integral. “A enfermagem, por exemplo, orienta o paciente também sobre o protocolo e efeitos colaterais, conversa com o médico se tem necessidade ou não de um cateter de longa permanência para realizar a quimioterapia”, explica Dr. Yoshino. Existe uma equipe de monitoramento com médicos de outras especialidades e também tratamento paliativo para os pacientes que precisam desse recurso.
Os pacientes podem contar ainda com farmacêuticos, assistentes sociais e psicólogos. O Programa de Oncologia é disponibilizado sem custos adicionais para todos os pacientes com câncer do Grupo NotreDame Intermédica. Para quem tem câncer de mama, o GNDI ainda conta
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