O que é a Escoliose?

A escoliose é uma deformidade na coluna, resultado de uma curvatura anormal que pode ser em formato de “C” ou “S”, para a direita ou esquerda. O problema pode se manifestar já na infância ou nas demais fases da vida, como veremos a seguir.

Escoliose: Infantil, Juvenil, Adolescente e Adulto
É possível classificar a escoliose de acordo com a idade do paciente diagnosticado, sendo:

Infantil – quando se manifesta em crianças de até 3 anos;
Juvenil – quando se manifesta em crianças entre 3 e 9 anos;
Adolescente – quando se manifesta em crianças e jovens entre 10 e 18 anos;
Adulto – quando se manifesta em pacientes acima de 18 anos.

Tipos e causas da escoliose

Existem quatro principais tipos de escoliose: congênita, idiopática, neuromuscular e degenerativa.

O tipo mais comum é a escoliose idiopática, que tende a se manifestar na infância ou adolescência. É importante entender que não existem causas conhecidas relacionadas à escoliose idiopática.

A escoliose congênita é causada por malformações na coluna vertebral, e está presente desde o nascimento. Já a escoliose neuromuscular é causada por doenças como a paralisia cerebral, entre outras. Por fim, a escoliose degenerativa tende a ser causada pelo desgaste da coluna vertebral, e é desenvolvida na fase adulta.

Fatores de risco

Como mencionado anteriormente, a escoliose idiopática representa a maior parte dos casos da deformidade, e esta não possui causas conhecidas. 

Nos demais casos, os desvios podem estar relacionados a condições genéticas, traumatismos, obesidade, sedentarismo, prática inadequada de atividades físicas, má postura, idade, entre outros.

Sintomas de escoliose

Entre os principais sintomas da escoliose, podemos citar a alteração da postura lateral, cintura e mamas assimétricas, elevação diferente em cada ombro, perna mais curta que a outra, desalinhamento de quadril e ombros e até mesmo desconforto e dores musculares.

Fique atento a qualquer tipo de alteração e busque a avaliação de um médico caso note algum desses sintomas.

Como é feito o diagnóstico

De maneira geral, o diagnóstico da escoliose é feito através de exame físico, exames de imagem e apresentação de histórico clínico e familiar. 

A depender do caso em investigação, o médico poderá solicitar mais exames e outras abordagens para chegar ao diagnóstico.
 

O ângulo de Cobb

Para medir a magnitude das curvas da coluna vertebral, é usado o ângulo de Cobb. Acontece que a coluna possui um alinhamento retilíneo, havendo um limite de até 10 graus. O diagnóstico da escoliose acontece quando o ângulo excede esse limite.

O ângulo de Cobb é medido por uma radiografia panorâmica da coluna vertebral. Através dele também é possível avaliar flexibilidade das curvas, evolução da escoliose e correção após tratamento.
 

Tratamento da Escoliose

O tratamento da escoliose será definido pelo médico de acordo com as particularidades do caso, idade do paciente, nível de dor e outros fatores que possam surgir. 

A partir disso, as principais opções são chamadas de tratamento conservador, que inclui exercícios de alongamento e fisioterapia. Podem ser usadas também órteses, com a finalidade de evitar a progressão do problema. Está incluso também no tratamento conservador o uso de medicamentos para aliviar a dor.

Tenha em mente que o objetivo do tratamento da escoliose é reter o desenvolvimento do transtorno, aliviar os sintomas e, claro, retomar as funções da coluna.
 

Cirurgia para escoliose

É importante esclarecer que a cirurgia para escoliose será orientada pelo médico somente em casos graves e progressivos. A cirurgia é dividida em dois tipos de procedimento: provisório e definitivo. 

Procedimentos provisórios são voltados para pacientes infantis, que demonstram potencial de crescimento. A ideia é não restringir o desenvolvimento do tronco, e isso também faz com que seja necessário retomar o procedimento periodicamente.

Já o procedimento definitivo é destinado a pacientes com tronco e pulmão plenamente desenvolvidos, com objetivo de corrigir as curvas e evitar danos neurológicos que podem afetar o paciente.
 

Prognóstico de escoliose

Quando falamos em fatores prognósticos de escoliose, devemos analisar alguns pontos. O tipo da escoliose, por exemplo, é importante, pois aquelas classificadas como congênitas e neuromusculares costumam ter progressão maior que as outras.

Outro ponto é a idade do paciente. Quando a escoliose é diagnosticada antes dos 10 anos, sua evolução será maior por conta do período de estirão do crescimento, que também representa um risco. Quando diagnosticada após a adolescência, a escoliose costuma ser mais estável.

Deve-se observar também a gravidade e localização da curva. Quando a escoliose está na coluna torácica, por exemplo, demonstra mais riscos do que se estivesse em uma região como a lombar. Além disso, aquelas com curvas maiores podem progredir.

Escoliose: Dúvidas frequentes

Trouxemos respostas para algumas dúvidas frequentes de pacientes no geral em relação à escoliose. Confira:

Tem cura a Escoliose?

Felizmente, a maioria dos casos consegue atingir estabilidade a partir do tratamento adequado. Porém, tudo depende de fatores que já mencionamos anteriormente, como o tipo e a localização da escoliose, nível da curvatura e andamento do tratamento.

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É possível prevenir a Escoliose?

Não é possível detectar a causa de boa parte dos diagnósticos de escoliose, o que dificulta a prevenção. Apesar disso, alguns hábitos são muito bem-vindos para reduzir a possibilidade de desenvolver ou piorar desalinhamentos na coluna. Manter uma rotina de exercícios físicos, com cuidado para garantir sua realização correta, além de ter atenção também à sua postura, podem ajudar.
 

PERGUNTAS FREQUENTES

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