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O que é leucemia?
A leucemia é um tipo de câncer sanguíneo que têm como principal característica a multiplicação desenfreada dos glóbulos brancos, chamados de blastos. Esse descontrole causa desequilíbrio na produção de outros componentes do sangue e acontece porque os blastos limitam o espaço da medula óssea para a fabricação dos outros elementos do sangue.
Assim, esses outros componentes podem cair na corrente sanguínea antes de estarem completamente desenvolvidos e, consequentemente, ainda não estarem preparados para realizar suas funções da forma correta. Isso predispõe o organismo à anemia, infecções, hemorragias e outros sintomas mencionados adiante.
Tipos de leucemias
Existem mais de doze tipos de leucemias. Há quatro classificações principais. Elas variam conforme o defeito nos glóbulos brancos e sua evolução. São elas:
● Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): é caracterizada pela produção rápida e descontrolada de linfócitos imaturos, um tipo de glóbulo branco. Esses linfócitos anormais se acumulam na medula óssea, interferindo na produção de células sanguíneas normais. Embora ocorra em qualquer idade, a LLA é mais comum em crianças e adolescentes.
● Leucemia Mieloide Aguda (LMA): é caracterizada pela proliferação descontrolada de células mieloides imaturas, que podem se transformar em diferentes tipos de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos ou plaquetas. A LMA é mais comum em adultos, especialmente em pessoas idosas, mas também pode afetar crianças.
● Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): é uma leucemia de progressão lenta que afeta principalmente linfócitos maduros. Os linfócitos anormais se acumulam no sangue, medula óssea e linfonodos, levando a um comprometimento do sistema imunológico. A LLC é mais comum em adultos, especialmente em pessoas com mais de 60 anos. É rara em crianças.
● Leucemia Mieloide Crônica (LMC): é caracterizada pela produção excessiva de células mieloides maduras, resultando em um aumento significativo no número de glóbulos brancos no sangue. Afeta principalmente adultos e é rara em crianças.
Sintomas da leucemia
Por se desenvolverem mais rapidamente, as leucemias agudas são mais sintomáticas. Leucemias crônicas se desenvolvem tão lentamente que podem ser completamente assintomáticas. Entre os principais sintomas da leucemia estão:
● Anemia;
● Cansaço;
● Dores nos ossos e articulações;
● Febre;
● Fraqueza;
● Gânglios inchados;
● Infecções;
● Manchas roxas e/ou vermelhas na pele;
● Sangramentos nasais e nas gengivas;
● Sudorese noturna.
Diagnóstico da leucemia
Caso um paciente apresente um quadro de suspeita de leucemia, ele deve ser direcionado a um hematologista para uma avaliação mais específica. O exame mais comum para o diagnóstico de leucemia é o hemograma, que analisa amostras de sangue. Em casos positivos da doença, o exame de sangue mostra um aumento nos glóbulos brancos e uma possível diminuição nas hemácias e plaquetas.
Outra forma de diagnosticar a leucemia é por meio da análise da medula óssea a partir do mielograma. Nesse exame, uma pequena quantidade de sangue é retirada do material esponjoso que fica nos ossos, popularmente conhecido como tutano, para uma análise.
Em alguns casos, é necessário fazer uma biópsia da medula óssea. Nesse procedimento, um pedaço de osso da bacia é retirado e enviado para análise de um patologista. Além disso, a análise do sangue periférico pode auxiliar no diagnóstico.
Tratamento contra leucemia
Os tratamentos para leucemia variam conforme o tipo da doença. Todos têm o objetivo de eliminar as células doentes, permitindo que a medula óssea produza células saudáveis novamente.
Em geral, as leucemias agudas são tratadas com quimioterapia e, em alguns casos, pode ser necessário um transplante de medula óssea. O tratamento é feito em duas etapas: na primeira fase o objetivo é fazer a doença entrar em remissão completa – quando a doença não é encontrada nos exames.
Contudo, mesmo após a remissão completa, podem existir células leucêmicas indetectáveis, conhecidas como doença residual. Por isso, o tratamento continua para evitar uma possível recidiva da doença.
A segunda parte dos tratamentos varia conforme o diagnóstico inicial de cada paciente. Na leucemia linfocítica aguda, é comum uma terceira fase chamada de manutenção, que envolve o uso contínuo de medicamentos mais leves.
Em leucemias crônicas, é possível que o tratamento seja feito sem o uso da quimioterapia e, nesses casos, o paciente pode recorrer a imunoterapias e outras medicações mais específicas.
Vale ressaltar que o tratamento é pensado para cada paciente, respeitando aspectos clínicos como idade, doenças preexistentes e tolerância a determinadas medicações.
Efeitos colaterais dos tratamentos
É importante saber que as reações podem variar de pessoa para pessoa e nem todos os pacientes apresentam o mesmo tipo de reação. Os efeitos mais comuns da quimioterapia são:
● Alopecia (queda dos pelos do corpo);
● Febre;
● Inapetência;
● Infecções;
● Infertilidade;
● Mucosite (lesões na mucosa gastrointestinal);
● Náuseas;
● Toxicidade sanguínea;
● Variação de peso (aumento ou perda);
● Vômito.
Todos os efeitos colaterais devem ser reportados ao médico. Além disso, o acompanhamento contínuo é fundamental para monitorar possíveis alterações genéticas que possam ocorrer durante ou após o tratamento.
Fatores de risco para a leucemia
Embora as causas exatas da leucemia não sejam totalmente compreendidas, alguns fatores de risco conhecidos são:
● Exposição a altos níveis de radiação;
● Exposição prolongada a certos produtos químicos, como o benzeno (encontrado na gasolina);
● Histórico familiar da doença;
● Condições genéticas preexistentes como anemia de Fanconi, síndrome de Bloom e síndrome de Down;
● Tabagismo.
Prevenção da leucemia
As principais formas de prevenir a leucemia são:
● Reduzir a exposição ao benzeno e outras substâncias químicas.
● Limitar a exposição à radiação, evitando procedimentos médicos desnecessários que envolvam radiação ionizante.
● Manter uma alimentação saudável e rica em frutas, legumes e verduras.
● Manter um peso corporal adequado e praticar atividade física regularmente para aumentar a qualidade de vida.
● Para pessoas com histórico familiar de leucemia ou condições genéticas preexistentes, é importante realizar consultas médicas regulares.
● Evitar o tabagismo e a exposição ao fumo passivo.
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