Por dentro da oncologia: conheça os tratamentos mais comuns
Saúde e Bem-Estar
29 de Julho de 2021
Por dentro da oncologia: conheça os tratamentos mais comuns
Saúde e Bem-Estar -
Existem várias formas de combater um câncer. Na maioria dos casos, o tratamento é feito com terapias desenvolvidas para destruir as células cancerígenas, chamadas de quimioterapia e radioterapia. Esses métodos podem ser utilizados em um mesmo protocolo ou não – como é o caso das leucemias, que costumam ser tratadas apenas com quimioterapia.
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A quimioterapia é um tipo de terapia que utiliza medicamentos para o combate ao câncer. Para atacar a doença é normal que o paciente receba mais de um fármaco quimioterápico e a combinação de quimioterapias é chamada de coquetel ou protocolo. Sua aplicação pode ser feita das seguintes formas: intravenosa (pela veia), oral (comprimidos ou líquidos ingeridos), intramuscular (injeção muscular), subcutânea (injeção abaixo da pele), tópica (sobre a pele) e intratecal (aplicada no líquor da espinha dorsal por um médico em centro cirúrgico), que é a mais incomum.
As quimioterapias se misturam com o sangue e são levadas a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo que se espalhem pelo corpo. Dependendo do protocolo quimioterápico escolhido pelo médico, o tratamento pode ser feito de forma ambulatorial, quando o paciente recebe a quimioterapia no hospital e volta para casa no mesmo dia, ou durante internação.
Por destruírem células de rápida reprodução do corpo, as quimioterapias podem causar efeitos colaterais desagradáveis para o paciente. É importante saber que todos os efeitos são temporários e reversíveis; após a última aplicação, os pacientes tendem a melhorar em poucos dias. Vale ressaltar que as reações costumam variar de pessoa para pessoa e nem todos os pacientes apresentam as mesmas reações. Veja, a seguir, os principais efeitos acompanhados de algumas ações que pode ajudar a melhorar os desconfortos:
Alopecia (queda dos pelos do corpo): pode ser total ou parcial e, geralmente, acontece depois de 14 a 21 dias do início das quimioterapias. As opções mais adotadas pelos pacientes que se sentem desconfortáveis com a queda do cabelo são perucas, lenços, chapéus e bonés. Quem decide assumir a careca deve sempre passar protetor solar nela para evitar queimaduras.
Anemia, leucopenia e trombocitopenia: durante o tratamento, as quimioterapias também destroem algumas células sadias do organismo – as mais afetadas são as do sangue, como os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções; os glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio para todas as partes do nosso corpo; e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue. Quando as taxas do sangue diminuem, sintomas como cansaço, falta de ar, palidez, febre, pintas avermelhadas na pele, manchas roxas e vermelhas e sangramentos podem surgir.
Atenção: Em caso de febre igual ou superior a 37,8ºC, pintas ou manchas avermelhadas na pele, sangramentos ou palidez e cansaço com pequenos esforços o médico deve ser informado. Recomenda-se que o paciente vá ao hospital em casos de persistência da febre.
Diarreia: são alterações no volume, frequência e consistência das fezes. Alguns remédios podem causar diarreia em maior ou menor intensidade. Para amenizar esse efeito, é recomendado beber bastante água e ingerir alimentos gelados, líquidos e pastosos. Alimentos menos gordurosos também são bons aliados;
Mucosite (lesões na mucosa gastrointestinal): são feridas parecidas com aftas que aparecem na boca, estômago e intestino. Em alguns casos, por conta da mucosite, é possível que o paciente tenha falta de apetite. Aconselha-se que o paciente inspecione a boca com frequência e mantenha a boca higienizada sempre. Alimentos ácidos, muito condimentados, duros e muito quentes devem ser evitados para prevenir o surgimento das feridas;
Náuseas e vômito: essas duas reações acontecem porque algumas quimioterapias produzem uma irritação nas paredes do estômago e intestino. Esse efeito é um dos mais comuns, por isso é importante utilizar os remédios para enjoo conforme a orientação médica. Alimentos frios e em temperatura ambiente são bem tolerados (como sorvete e gelatina). Outra dica é se alimentar mais vezes por dia e em menos quantidades;
Prisão de ventre: é a dificuldade de evacuar e/ou retenção de fezes por vários dias. Para melhorar, recomenda-se que o paciente aumente o consumo de alimentos com fibras assim como a ingestão de água. A prática de exercícios leves como a caminhada também é benéfica;
Variação de peso (aumento ou perda): é comum que os pacientes tenham variação na massa corporal durante o tratamento. Esse efeito colateral pode ser por conta de outros remédios que os pacientes costumam usar como corticoides. Mesmo assim, é importante que o paciente tenha um acompanhamento nutricional.
Muitos pacientes se assustam com essas reações, principalmente, porque antes de iniciarem o tratamento não estavam sentindo nada de diferente. Caso os sintomas estejam atrapalhando a qualidade de vida, o melhor caminho é conversar com a equipe médica sobre alternativas e medicações para os sintomas. É importante esclarecer que, mesmo com alguns destes incômodos, terminar o tratamento é essencial para uma vida saudável sem recidivas da doença.
A radioterapia é um tipo de tratamento para diversos tipos de câncer que utiliza radiações especiais para destruir células neoplásicas malignas. Existem vários tipos de radioterapia que são classificados da seguinte forma:
Radioterapia externa (ou teleterapia): nesse tipo a radiação é emitida por um aparelho e o paciente permanece deitado ao longo do processo. Nesse caso, as aplicações costumam ser diárias;
Braquiterapia: aqui a radiação é emitida de um aparelho para aplicadores, que são colocados por um médico no local que precisa de tratamento. Essa forma é feita em ambulatório, podendo necessitar de anestesia, e geralmente acontece uma ou duas vezes na semana.
As outras classificações são relacionadas com o tempo de aplicação – interfere se as doses de radiação necessárias serão altas ou baixas –, o tipo de radiação (íons, elétrons, prótons etc.), a forma de planejamento (conformada, 4D, dinâmica, intraoperatória etc.). O tipo de radioterapia escolhido para um paciente varia de acordo com as especificidades de cada caso e o médico responsável pelo caso é quem decide qual o melhor tratamento.
Na maioria dos casos, as radioterapias são feitas junto a quimioterapias ou até mesmo imunoterapias para que as chances de cura do paciente aumentem, mas existem casos em que só a radioterapia é necessária.
Assim como acontece nas quimioterapias, as reações das radioterapias podem variar de pessoa para pessoa. A radiação também não consegue diferenciar as células saudáveis das doentes. Por isso, é normal que os pacientes tenham algumas reações com o tratamento.
Essas reações variam muito de acordo com a quantidade e a parte do corpo que recebe as radiações. O principal cuidado de todos os pacientes deve ser em relação ao sol: o contato da pele com raios solares pode provocar lesões. Recomenda-se que os pacientes evitem a exposição solar e usem protetor solar sempre.
O Grupo NotreDame Intermédica oferece um programa exclusivo para os pacientes oncológicos e seus familiares. Para esse momento tão delicado na vida do paciente, a iniciativa oferece todas as orientações e assistência necessárias através de um atendimento personalizado, coordenado por uma equipe de especialistas em oncologia.
Com um atendimento seguro e humanizado, o Programa de Oncologia oferece um centro de infusão com estrutura de qualidade para os pacientes receberem quimioterapias e demais medicamentos, suporte em eventuais internações, além do suporte emocional e toda assistência necessária no ambulatório – o suporte emocional também pode ser feito via telefone ou e-mail.
As equipes do Programa de Oncologia estão nas Unidades das cidades do ABC, Capinas, Jundiaí, Mogi da Cruzes, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo e Sorocaba. Para mais informações, acesse a página do Programa de Oncologia.
Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com informações do INCA e FEMAMA – acesso em 17/06/2021.
Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica
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